Por Diogo Barros
Para que trabalhamos?
Esta é a pergunta que devemos fazer antes de pensar em qualidade de vida, afinal para que realmente existimos?
Nos dias de hoje vivemos um mundo imediatista e ainda cercados de várias oportunidades de distrações da mente, com isso a sensação da ausência capacidade e falta de tempo, pesos que carregamos ao longo da vida e muitas vezes em silêncio, o que é errado!
Esta tensão do dia a dia corporativo acrecidos dos problemas da vida pessoal proporcionam para o colaborador doenças ocupacionais, seja ela doenças físicas ou mentais, estas doenças impactam diretamente no comportamento do trabalhador reduzindo a sua capacidade de produzir com qualidade e também influenciam na vida fora da empresa, isto mesmo em sua vida particular, pois é natural que o trabalhador estafado apresente algumas características da Síndrome de Burnout.
Afinal o que é Síndrome de Burnout?
Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, ela tem nos workaholics suas vítimas potenciais.
Abaixo, para os interessados, uma lista da evolução e sintomas da Síndrome de Burnout:
1 - Necessidade de se afirmar ou provar ser sempre capaz;
2 - Dedicação intensificada, com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do dia (imediatismo);
3 - Descaso com as necessidades pessoais – atividades como comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
4 - Recalque de conflitos – o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
5 - Reinterpretação dos valores – isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da autoestima é o trabalho;
6 - Negação do outro – nessa fase os outros são completamente desvalorizados, tidos como incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
7 - Recolhimento e aversão a reuniões (antissocialização);
8 - Mudanças evidentes de comportamento (dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom humor);
9 - Despersonalização – evitar o diálogo e dar prioridade aos e-mails, mensagens, recados etc.;
10 - Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante;
11 - Depressão – marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
12 - E, finalmente, a do esgotamento profissional propriamente dito, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência, com sintomas variados: fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração e problemas digestivos.
Dez passos do Recursos Humanos, frente a evitar tais problemas ao colaborador.
- Manter um programa de alimentação saudável para todos os colaboradores; Uma alimentação saudável rica em verduras, legumes, frutas, fibras e carnes brancas e ingestão de carboidratos em quantidade moderada, auxilia na conservação do peso normal, facilitando um bom sono e evitando doenças como diabetes, infarto e hipertensão arterial.
- Elaborar programas de incentivo a atividades físicas, antes e durante o expediente;O objetivo é não se tornar um atleta, mas sim de manter uma atividade física aeróbica regular o que contribui para o controle do peso , prevenção de doenças cardiovasculares e fortalecimento do musculatura.
- Promover campanhas de Saúde como pro exemplo do combate ao tabagismo (FUMO); Conscientização parece algo fácil mas não é porque toda a mudança gera desconforto e é por isso que deve ser utilizado indicadores para mostrar para o colaborador a evolução do seu próprio sucesso.
- Moderar o consumo desenfreado do uso do Álcool;É meio complicado interferir no livre arbítrio do colaborador quando ele não está a trabalho, mas é importante enfatizar que a perca do autocontrole é um risco que pode ocasionar acidentes e que o excesso de bebida pode estar sendo um refúgio emocional pelo momento em que o colaborar está vivendo, podendo ser encarado como uma doença devido o grau de dependência do álcool na sua vida cotidiana.
- Incentivar o cuidado com a aparência do colaborador; Incentive a boa imagem de seu trabalhador, se usar uniformes controle o bom estado do uniforme o que permite maior e melhor conforto sem contar da segurança, também utilize as reuniões internas para falar de higiene pessoal e ensinar sem constrangimento se for o caso.
- Falar sobre a importância do dormir bem; O sono influência no desempenho intelectual e a capacidade de memória e é fundamental para repor as energias. Dessa forma, explique a eles que antes de dormir eles devem evitar alguns hábitos de como fazer refeições pesadas e volumosas, consumir álcool em excesso, evitar longas jornadas, antes do sono, de televisão, celulares e computadores e deixar para o dia seguinte temas que incentive a ansiedade como polêmicas e discussão.
- Manter as vacinas em dia; Vacinas não são apenas para crianças, incentive através de palestras e eventos, muitos colaboradores desconhecem as prevenções tais como hepatites, tétano e outras doenças.
- Mostrar e incentivar os colaboradores a administrar o estresse;O estresse é inadiável em nossas vidas, mas pode ser gerenciado, o que minimiza o seu impacto. Periodicamente, pergunte para os trabalhadores como foi o seu momento de lazer, pois acredite, o sedentarismo, rotina e o isolamento tem tomado conta dos trabalhadores após o horário de trabalho e roubado os momentos que causam o aumento de autoestima.
- Incentivar programas culturais internos, afim de desenvolver os talentos como musica, pinturas, teatro e etc...;Sempre incentive aos colaboradores a se capacitar dentro e fora da companhia, incentive a ele a ampliar sua criatividade estudando cursos opostos a sua formação, algo que ele não tentou mas que tenha curiosidade de fazer e/ou conhecer.
- Observar os check-ups dos trabalhadores nos exames ocupacionais e de rotinas;Elabore um controle de saúde ocupacional, conhecer o corpo do grupo ajuda na precauções de doenças e permitem tomar atitudes que prolongam a vida saudável do colaborar.
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Diogo, excelente argumentação, acrescento que para todos esses pontos citados é muito interessante que a pessoa esteja disposta a realizá-los, de nada adianta todo um investimento nesse sentido se a própria pessoa não consegue se enxergar dentro desses programas. Concordo com esses pontos, porém, devemos lembrar que a motivação é algo da própria pessoa e cabe somente a ela decidir se tudo isso lhe valerá a pena de fato.
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